A Procuradoria do Chile convocou o ex-presidente Sebastián Piñera (2010-2014 e 2018-2022) para declarar que ele é possivelmente o responsável pelas violações de direitos humanos cometidas durante a repressão aos protestos do surto social de 2019, informou a agência nesta sexta-feira.
“O ex-presidente Sebastián Piñera agendou sua apresentação perante o Ministério Público nos próximos dias como réu”, informou o Ministério Público ao jornal La Tercera.
Além disso, aparecerão as autoridades governamentais que acompanharam o ex-presidente em suas decisões, como os ex-ministros do Interior, Andrés Chadwick e Gonzalo Blumel, e os ex-subsecretários da mesma pasta, Rodrigo Ubilla e Juan Francisco Galli.
“Temos a tranquilidade e a convicção de que na atuação do ex-presidente sempre buscou compatibilizar a proteção da ordem pública e da segurança cidadã com o respeito aos direitos humanos de todos, consequentemente, não configura crime nenhum, uma vez que sua ações obedeceram ao correto desempenho de suas funções”, argumentou ao mesmo veículo o advogado de Piñera, Samuel Donoso.
Durante os protestos do surto social de 2019 no Chile, o Executivo ordenou uma repressão dos Carabineros (polícia militarizada), Polícia Investigativa (polícia civil) e dos três ramos das Forças Armadas, produzindo uma série de violações de direitos humanos.
Essas violações foram confirmadas por vários organismos internacionais que enviaram observadores ao país, como a Organização das Nações Unidas, a Human Rights Watch, a Anistia Internacional e a Comissão Interamericana de Direitos Humanos.
(Sputnik)
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