“O Governo do Peru enviou uma comunicação diplomática ao Ministério das Relações Exteriores do México, bem como aos Ministros das Relações Exteriores dos outros Estados que fazem parte da Aliança do Pacífico, planejando realizar consultas entre todas as partes para o Acordo. Marco da Aliança do Pacífico, a fim de realizar a transferência da presidência pro tempore para o Peru, sem demora”, diz o comunicado do Itamaraty.
O Peru deveria ocupar a presidência da entidade em 2023, mas o representante do México, Andrés Manuel López Obrador, recusou-se a entregá-la, opondo-se ao governo de Dina Boluarte e qualificando-o de “espúrio”.
O governo peruano enfatizou aos países do bloqueio que “o descumprimento de uma obrigação internacional por parte de um Estado, como a recusa em transferir a presidência à época da Aliança do Pacífico, acarretaria responsabilidade internacional para esse Estado”.
Da mesma forma, exortou seus pares a preservar a Aliança do Pacífico “como mecanismo de integração econômico-comercial sem politização” para continuar gerando oportunidades de comércio, investimento e cooperação, em benefício dos cidadãos.
Finalmente, o Peru afirmou que não abrirá mão de manter viva a Aliança do Pacífico e de exercer sua presidência pro tempore, “aquela que corresponde de acordo com o direito internacional”.
Os quatro países que compõem o grupo, Chile, Colômbia, México e Peru, respondem por mais de 40% do produto interno bruto da América Latina e recebem 38% do investimento estrangeiro direto da região. (Sputnik)