O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, retornará hoje ao cargo no Palácio Presidencial após um recesso de oito dias e retomará as negociações sobre mudanças no Governo, especialmente no Ministério da Justiça.
Segundo o jornal digital GZH, após seu retorno à capital federal vindo do Rio de Janeiro, Lula também terá que enfrentar duras negociações com o Congresso, em especial a medida provisória desenhada pela equipe do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para retomar a tributação gradual sobre a folha de pagamento das empresas.
Primeiramente, no Palácio do Planalto, sede do Poder Executivo, o fundador do Partido dos Trabalhadores (PT) reativará as conversas sobre as trocas que serão feitas na primeira etapa do Governo, especialmente na pasta da Justiça, que segue com Flavio Dino no comando até 8 de janeiro.
A fonte garante que a substituição de Dino é uma das questões imediatas que o presidente terá de enfrentar.
O atual titular da pasta da Justiça só tomará posse como ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) no dia 22 de fevereiro.
Mas Lula afirmou que Dino permanecerá no Governo na primeira semana de 2024 para participar da cerimônia que marca um ano dos atos antidemocráticos perpetrados contra a sede dos Três Poderes no dia 8 de janeiro, em Brasília.
Neste ato, o governante pretende reunir os dirigentes destas instituições e um bom número de governadores para simbolizar o triunfo da democracia.
GZH destaca que, encerradas as comemorações, Lula voltará novamente à definição do novo ministro da Justiça.
Sem um sucessor claro, as disputas internas no governo para nomear o substituto de Dino intensificaram-se.
O ex-membro do STF, desembargador Ricardo Lewandowski, é o favorito para ocupar o cargo, mas há grupos divergentes na Esplanada dos Ministérios que ainda tentam convencer Lula a nomear a ministra do Planejamento, Simone Tebet.
Aplaudem também a timoneira petista, Gleisi Hoffmann, ou o presidente do Grupo de Prerrogativas (dos advogados), Marco Aurélio Carvalho.
Até o líder do Governo no Senado, Jaques Wagner, entrou na disputa para colocar o nome de Wellington César Lima, que atualmente ocupa a Secretaria Especial de Assuntos Jurídicos da Casa Civil da Presidência.
Apesar das mobilizações, interlocutores do presidente afirmam que Lewandowski só não será ministro da Justiça se não quiser. (Prensa Latina)